Brigitte Helm, A Deusa Eterna De Yoshiwara!!!

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sábado, 1 de março de 2014

Resenha de Filme - Inside Llewyn Davis. Balada de Um Homem Comum.

Inside Llewyn Davis. Balada de Um Homem Comum. Como Ter Sucesso no Fracasso.
Filme curioso esse. A vida de um músico Zé Mané qualquer que não consegue ir para a frente, às vezes por falta de oportunidade, outras pelo azar e mais algumas por culpa própria. Esse é o panorama de “Inside Llewyn Davis. Balada de Um Homem Comum”, dos irmãos Cohen. Nada de haapy end. Nada de sucesso. Só pés na bunda. Só acúmulos de fracassos. Uma verdadeira cartilha de como quebrar a cara.

A história conta a saga de Llewyn Davis (interpretado por Oscar Isaac), um músico de folk americana que busca decolar sua carreira. Mas ele não consegue muito, tocando em night clubs de terceira e vagando por Nova York sem eira nem beira, dormindo aqui e ali nos sofás das casas de amigos, segundo ele mesmo, enquanto não o odeiam. Volta e meia, pede um dinheiro emprestado, busca migalhas de royalties, busca a ajuda de um ou outro amigo. À medida que conhecemos o personagem, vemos que ele vacila feio em algumas oportunidades e sua má situação é consequência das atitudes que toma em alguns momentos. A gente vai ficando meio que exasperado com as situações escabrosas que o protagonista é obrigado a passar, mas lá pelo meio do filme, vemos que o caso dele é perdido. Não há qualquer perspectiva. Ele, como o próprio título do filme diz, é um homem comum. E para homens comuns não há desfechos magníficos e fantasiosos onde tudo termina bem e o sucesso bate à porta. Homens comuns têm finais realistas, ou seja, ficam presos dentro das teias de sua vidinha medíocre, onde sua condição de fracassado não desperta a simpatia de ninguém, salvo umas poucas exceções que o nosso protagonista é burro demais para se apoiar, inclusive cuspindo no prato que come. A situação de mediocridade e fracasso é tão latente que o filme termina exatamente como começa, com nosso herói (?) sendo espancado num beco escuro por um desconhecido sabe-se lá porque (deve ter vacilado de novo!!!). Essa receita de se terminar um filme exatamente como ele começa para mostrar um ciclo que se fecha sob si mesmo exaltando uma situação de morosidade, de marasmo e melancolia não é uma novidade. Já vimos isso em “Barfly”, com Mickey Rourke, onde ele interpretava um alcoólatra que também não vislumbrava uma saída para a sua vida de vício e mediocridade. Filmes como esse são úteis no sentido de que podem nos assustar muito, pois se aproximam demais da vida real, que nada tem de bonito e que, algumas vezes, nos conduzem a um beco sem saída. Cabe a nós examinar as atitudes dos personagens e perceber o que eles não estão fazendo para poder quebrar esse ciclo tão devastador que às vezes recai sobre a gente. É o cinema mais uma vez prestando um serviço às nossas vidas. Arte ilusória, arte mentirosa, mas que às vezes aguça nosso pensamento mostrando a verdade e a realidade da forma mais arrebatadora. O detalhe curioso aqui é que, no mesmo pé sujo onde Llewyn Davis afundava sua vida, um jovem músico com uma gaita e um violão cantava sua folk music: Bob Dylan. Mesmo buraco, escolhas diferentes. Um fracasso e um sucesso. Outro sinal que o filme nos dá de que são os nossos atos que nos definem e nos transformam. Ah, não posso me esquecer de John Goodman e F. Murray Abraham, que deram um show de interpretação nos poucos momentos em que participaram do filme.

 Cartaz do Filme.


Decisões erradas levam Llewyn a ser babá de gato.


Frio e Melancolia.


Sem ter onde ficar. Exasperação inicial, resignação ao final.


Folk is my job.

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