Brigitte Helm, A Deusa Eterna De Yoshiwara!!!

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Resenha de Filme - Dois Amigos

Dois Amigos. Mulheres Ou Amigos?
Um interessante filme francês passa em nossas telonas. “Dois Amigos”, que marca a estreia de Louis Garrel na direção, é um verdadeiro estudo sobre as relações humanas, levantando uma série de questões: o que é melhor, o amor de uma grande mulher ou uma verdadeira amizade? Ou, até que ponto uma amizade se torna um amor? Garrel desenvolve com maestria todas essas questões ao longo do filme.
No que consiste a história? Vemos aqui a trajetória de Mona (interpretada pela deslumbrante Golshifteh Farahani), que passa o dia trabalhando numa lanchonete e, à noite, volta para uma prisão onde cumpre pena. Mona fez completamente a cabeça de Vincent (interpretado por Vincent Macaigne), que ficou loucamente apaixonado pela moça. Mas Mona não podia manter um relacionamento com Vincent, porque somente o tinha como um amigo e ainda havia o problema da prisão, que a bela jovem não deixava Vincent saber. Só que Vincent estava tão desesperado em conquistar Mona que ele pediu ajuda ao seu amigo de longa data, Abel (interpretado por Louis Garrel) para conquistá-la. Essa “ajudinha” que Abel dará vai levar a uma série de problemas e confusões que vão cada vez mais entrelaçar as vidas desses três personagens.
Sem querer estragar a surpresa e fazer um mapeamento de todas as nuances dos relacionamentos humanos apresentados no filme, pode-se dizer que a história é cativante e muito bem escrita, conciliando drama com uma leve comédia. Os três personagens tinham suas virtudes, fraquezas e sabiam, simultaneamente, ser solidários uns com os outros, mas também havia uma crueldade explícita. Se havia um carinho entre eles, também machucavam uns aos outros. É o tipo de filme que confirma uma máxima já presenciada em muitos outros: somos nós lá no fundo seres sensíveis e frágeis e temos, ao fim das contas, apenas a nós mesmos. Se Vincent inicialmente aparentava ser o personagem mais frágil emocionalmente, com o tempo percebemos que Mona e Abel também têm suas fraquezas. É um filme totalmente centrado nos personagens e no diálogo entre eles, com um sentimento nosso de empatia muito pronunciado para com os três protagonistas. Nós não torcemos especificamente para que um ou outro personagem se dê bem, mas sim para que os três personagens se entendam. O problema é que, para cada relacionamento entre dois personagens, há um abalo no relacionamento com o terceiro. E assim acompanhamos atentamente como esses protagonistas se ferem e, simultaneamente, se amparam. Realmente, foi um bom trabalho de Louis Garrel e Christophé Honoré, que assinaram o roteiro, e que tem  um desfecho muito adequado para a situação, ou seja, com uma tremenda cara de anticlímax, onde ficamos soltos e desamparados no ar, assim como os personagens. Algo cru e insensível como a vida.

Dessa forma, “Dois Amigos” são um filme que é digno de atenção, pois se baseia num roteiro bem escrito onde os protagonistas deixam expostas todas as suas fragilidades e, apenas eles podem se ajudar para superar todas as suas fraquezas. Um interessante filme francês que merece nossa atenção. E não deixe de ver o trailer acima.

Cartaz do filme

Mona trabalha numa lanchonete...

Vincent, apaixonado e sensível...

Abel, o amigo de Vincent

Tentando ajudar um amigo...

Um forte companheirismo entre os dois, até na cadeia...

Abel e Vincent (de boné) se envolverão profundamente com Mona.

Muitas vezes, houve conflitos...

Situações extremas...

Três personagens sensíveis...

Garrel e sua opinião sobre o filme...

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