Brigitte Helm, A Deusa Eterna De Yoshiwara!!!

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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Resenha de Filme - Mr. Holmes

Mr. Holmes. Os Mitos Também Falham.
Mais um excelente filme paira em nossas telas. “Mr. Holmes” é estrelado por ninguém mais, ninguém menos que “sir” Ian Mckellen, e faz um interessante exercício de imaginação: como seria a vida do memorável personagem da literatura universal, o inspetor Sherlock Holmes, quando ele estivesse aposentado e com a idade de 93 anos? Essa ideia está num romance escrito por Mitch Cullin e foi dirigida pelo eficiente diretor Bill Condon, que ganhou um Oscar de roteiro adaptado por “Deuses e Monstros”, também estreado por Mckellen, onde ele fazia o papel do diretor homossexual James Whale, o diretor do filme “Frankenstein”, de 1931, em seus tempos de velhice.
Qual é o desenrolar de “Mr. Holmes”? Vemos aqui o protagonista em sua casa de campo em Sussex no ano de 1947 criando abelhas sob os cuidados de sua governanta, Mrs. Munro (interpretada por Laura Linney) e seu pequeno filho Roger (interpretado por Milo Parker). Mr. Holmes tem uma vida pacata, recebe visitas de seu médico, que insiste que ele viva num lugar menos afastado para o caso de alguma emergência, e a coisa não iria muito além disso, não fosse pela torrente de “flashbacks” que a película traz e que vai tornar o presente do velho Holmes mais interessante. Seu fiel escudeiro, Watson, já havia se afastado e falecido. Mas era ele quem havia escrito os livros sobre Sherlock e construído todo um mito sobre o inspetor, algo que Holmes abominava. Assim, o inspetor aposentado decide escrever ele mesmo a história do último caso que investigou e que provocou-lhe um grande trauma, levando-o a se retirar da profissão. Só que há um problema: ele não se lembra mais do que aconteceu. Pois é, parece que o inspetor está com os sintomas do mal de Alzheimer. E aí ele terá que fazer um grande esforço para recuperar sua privilegiada memória e desvendar seu próprio passado. Tudo isso com a ajuda e apoio de Roger, o menininho que adora histórias de mistério e se apaixona também pelas abelhas de Mr. Holmes, tornando-se uma espécie de neto postiço e aprendiz do velho inspetor.
Nem é preciso dizer o motivo principal de irmos assistir a esse filme. Além de ser o típico filme em que você vai para ver um ator de que você gosta (Mckellen, obviamente, roubou toda a cena), é também uma película que enfoca um personagem muito conhecido da literatura universal de uma forma pouco vezes vista, ou seja, já no ocaso de sua vida. E quando um ator tão conhecido e amado interpreta um personagem igualmente conhecido e amado, é como se você juntasse a fome com a vontade de comer. O que Mckellen fez de tão especial aqui? Ele precisou interpretar o mesmo personagem de duas formas diferentes, ou seja, o Mr. Holmes com 93 anos, já bem velho e debilitado, e o Mr. Holmes um pouco mais jovem, em virtude dos “flashbacks” presentes na história. E ele o fez com muita eficiência e maestria, sendo somente essa dupla atuação de um mesmo personagem já valer o ingresso. Mas houve mais. Foi muito prazeroso ver o relacionamento entre o velho Holmes e o menino Roger. Houve uma química imediata desde o início e a coisa fluiu maravilhosamente. O velho inspetor acolheu o garoto de forma paternal e o transformou numa espécie de aprendiz, sob os olhos preocupados da mãe.
Outro detalhe que muito chamou a atenção é uma espécie de desmistificação do herói que foi Sherlock Holmes. O filme pretendeu humanizar o personagem, e isso significa que ele era também suscetível a falhas, como qualquer pessoa normal. Ao invés do mito indestrutível e sempre jovial criado por Watson, Mr. Holmes envelhece, erra, pode até ter um ou outro desvio de caráter ou sentimento escuso, e tem medos. Um Sherlock mais parecido com as pessoas comuns. Um Sherlock que não tem medo de se arrepender de algumas atitudes que tomou. E aí, novamente Ian Mckellen provou ser a escolha certa para o papel. Aliás, vamos combinar, ele é a escolha certa para qualquer papel, até o da Dona Pedra do Bidu.

Assim, Mr. Holmes é mais um filme que você precisa anotar na sua lista de boas opções cinematográficas desse início de ano, pois mostra Ian Mckellen, um excelente ator, fazendo um personagem ícone da literatura universal e, ainda por cima, de forma desmistificada e humanizada, chegando, para isso, a interpretá-lo de duas formas diferentes, o que comprova o já comprovado, que é o fato de que Mckellen é um dos  maiores atores de sua geração. Mais um programa imperdível. E não deixe de ver o trailer depois das fotos.

Cartaz do filme.

Sherlock Holmes vive a sua aposentadoria

Mckellen também interpretou Holmes um pouco mais jovem, em virtude dos "flashbacks". Grande ator!!!


Com Roger, um relacionamento afetuoso

Ensinando a Roger a apicultura

Recordando um antigo caso

Mesmo em idade avançada, não perdeu o faro de investigação...

Em Berlim

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